quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Então feche os olhos.

Apague as luzes, para que eu possa chorar em segredo.
Não sei o que sinto, não dói nem amacia.
Só preciso de tempo com as luzes apagadas.
Quando ninguém consegue ver minhas fraquezas.
Nem mesmo minha possível doçura.
Apague logo essas luzes. Preciso ver as estrelas. Imaginar poder toca-las.


As nuvens encobriram meu céu a noite.
E irá chover gotas salgadas.
Estarei pálida quando a chuva acabar.
Quando já tiver me tornado minha propia angústia

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Caçador.

Meu coração bate forte como se uma fúria estivesse tomando conta em cada pulsação.
Então é isso que eu sinto quando caço.. Quando desejo espalhar o seu sangue sobre a minha pele.
Sou um animal. Sou uma humana. E nesta noite sem estrelas, o vento gelado esfria o meu suor... e eu corro, e corro... mais e mais depressa.
Preciso te acha... Preciso olhar nos seus olhos, você é a minha cura... Ou cura da minha alma.
E eu quero que você me tema... Quero que você tente fugir.
Quero que você se defenda quando eu te achar.. Quero suas agreções.
Que acabe logo... logo.

Eu vejo os primeiros raios de sol... Azuis cinzentos.
Agora consigo te enxergar por entre as árvores.
Dois olhares cansados a encarar-se, admirar-se.
Não corra. Não mais.
Apenas tente me matar. Como assim o farei com você.
Como numa dança instintiva e apaixonada.
Onde a vitória estará na libertação da carne.
E a derrota... Um coração partido condenado a eternidade.

Você está morto agora. Assim como eu estarei a alguns minutos...
Assim quis o universo, que eu não precisasse sentir sua falta.
Estou indo em direção a você novamente. Estou indo meu amor.