segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Obscura III

Ela voltou a me visitar. Sempre tão linda: Obscura.
Então não consigo durmir, pois me assombra com tanta facilidade
Me amedronta.
Ela não quer ir embora. Insiste em dizer que me ama.
Eu não posso acreditar. Nem sequer imaginar ser verdade.
Obscura mente, trai e atrai meu inconsiente descontente de ilusões.
Me faz incapas de amar. Me faz infeliz na solidão.
Antes não precisasse dela. Mas não existe melhor compania.
Mesmo que me arrependa de quere-la. Eis a unica que não me abandona.
Eu a sinto tão forte dentro de mim e mal posso rejeita-la.
Pois jamais o faria igualmente comigo.
 
"Abraça-me forte minha doce criança. Não resista, eu te contemplarei com o infinito de amargura, a grande dor da solidão. Serei tua amante incondicional.
Serei tu, estando ao lado do bem ou do mal.
Seremos nós até o grande final"
 
E após declarar-se minha. Socega e me deixa adormecer para me encontrar pouco antes do amanhecer.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A Noite.

A noite chega novamente e está cada vez mais dificil pegar no sono.
Um sentimento teima a me atormentar... Algo que não consigo decifrar.
Tenho dúvidas. Dúvidas no que devo fazer.
E eu sei! Eu consigo sentir algo diferente em mim.
Talvez medo ou desejo. Um desejo maldito.
Eu não sou uma boa pessoa, nem mesmo má.
Mas posso ser pior do qualquer um imagina.
Ou tão doce como uma fruta madura.
Não posso contar a ninguém. Algo que tento esconder até mesmo de mim.
Mas corre entre as linhas de meus poemas um sentir caloroso.
E ao mesmo tempo congelado pelas circunstancias a mim ditadas.
Não! Eu não quero pegar no sono... Você estará lá. Me esperando e torturando.
Fazendo-me sentir aquilo de que eu mais fujo... Amor.