terça-feira, 26 de março de 2013

Só espero.

Aonde você foi agora?
Se é que eu posso saber.
O que você fez?
Se é que eu devo saber.
Responda minhas perguntas.
Ou vou descobri-las sozinha.
Eu te fiz tocar o sol.
Talvez eu te mostre o que é ser queimado.
Te fiz admirar a beleza da lua.
Talvez te mostre o que é estar sozinho.
Não existe ninguém que eu ame mais.
Não existe ninguém que eu deveria odiar mais,
Do que você.
Só espero que esteja satisfeito.
Pelo menos um de nós tem que estar.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Labirintos ~>

Na solidão de meus pensamentos.
Me peguei imaginando atrocidades.
Como se meu coração fosse feito de mentira.
Deleitei extasiada dentro de mim mesma.
Uma queda infinita na escuridão que se tornara minha alma.
Não havia amor, não havia alegria.
Somente a vontade de estar ali.
Perdida no labirinto que construí em minha mente.
Para que ela jamais se perca em outra pessoa.

sábado, 16 de março de 2013

Obscura IV

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Estou tão cansada... Mas eu não quero ir para casa e dormir. Eu quero a encontrar de alguma forma.

Tudo o que tenho tido é seu silencio. Não, ela não foi embora. Ela está apenas calada ao meu lado, sentindo a dor que eu deveria sentir, Obscura nunca esteve tão contida em si, em mim, em nós. Sinto falta de seus berros e sua maldade, mas agora o que me resta é silencio... Eu ainda a sinto, tão forte como sempre. Mas algo a calou de uma forma melancólica e solitária.

Talvez pelo fato deu estar apaixonada por outra pessoa. Ela consegue aceitar, mas não consegue amar mais ninguém além de mim. Ela me olha como se minha decisão fosse tão errada, que por alguns momentos eu acredito que seja.

E peço por favor, fale comigo... não me deixe apenas achando e sim me dê a certeza de seus pensamentos.



“Jamais solte minha mão, querida. E eu não a deixarei cair nunca por quem quer que seja. Eu deixarei o mundo morrer e sangrar para sempre. Mas você, não moverá um passo para longe do meu lado. Jamais solte minha mão e estará a salvo da maldade dos outros e assim alimentaremos a nossa”



Eu quero acreditar. Mas seria tão fácil se meu coração aceitasse seus termos. E não estivesse prestes a amar uma alma tão amaldiçoada quanto a minha.



“Não seja tola. Nunca existirá ninguém que ande sobre a terra que a amará mais do que eu. Ambas somos tão egoístas, e você continua negando sermos a mesma”



Ela está certa, pode-se saber o que é amar, mas e ser amada? Um mistério que tantas vezes achei ter desvendado. Mas no fim só me resta ela, Obscura. Eu não quero acreditar ser mentira, a minha mentira mais uma vez.

Talvez eu não possa curar os ferimentos que existem em mim, mas não sozinha. Quem sabe um dia eu descubra como o fazer com uma alma tão entristecida quanto a minha. Não sei.



Obscura mais uma vez envolve-se com seu silencio, baixando a vista como alguém que falha em suas palavras, mas sabe ela que eu não soltarei sua mão. Ela é minha única e melhor escapatória das minhas maiores chances de lamentação.