sábado, 28 de julho de 2012

Obscura II

Ela quis se aventurar no escuro de sua mente.
Sedutora e nenhum pouco interessada em seus problemas.
Os olhos pareciam aprisionar sua alma.
E corria para tão longe, tão longe.
Suas promessas sempre vazias. Como se seu unico idioma fosse a mentira.
Ela te ama, da forma mais suja do amor.
"Eu quero que você sofra. Que sangre todas as vezes que lembrar de mim. E que lembre de mim por toda a eternidade"
Ela é infeliz, incapaz de te machucar fisicamente. Para isso ela usa suas palavras venenosas.
O cheiro. Cheira a pecado, perdição.
Alguém que nunca o deixará. Por que depende de você.
Depende do seu medo, da sua fraqueza.
Você não tem como fugir. Porque ela é o seu vicio.
"Me abrasse. Diga que precisa de mim, que me ama. É tudo o que preciso... Para te matar."
Alguém que te consome, te corrompe. Ela quer te levar ao extremo. Encher a sua cabeça de loucuras. Torna-te insano. A utopia proibida.
O beijo. É como estar livre. Como mergulhar de cabeça para uma saida de emergencia do podridão da realidade. Beijar a boca feita de mentiras.
"Lembra-se de quando prometi o levar para meu mundo cinza? Você o conhece. É aquele lugar especial. Onde você costuma chamar de... coração. A ruina, nossa casa."

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